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M&A Cross-Border: Estratégia, Cultura e Tecnologia em Foco
09 abril 2025 | Blog
M&A Cross-Border: Estratégia, Cultura e Tecnologia em Foco
A Datasite patrocinou a primeira edição do M&A Connect no Brasil, um evento totalmente dedicado ao mercado de M&A, que reuniu toda a comunidade de dealmakers em um só lugar – CEOs, empreendedores, investidores corporativos, executivos de M&A, CFOs, fundos de investimento, bancos e consultorias. O painel promovido pela Datasite “Navegando pelo M&A Cross-Border: oportunidades, desafios e melhores práticas” foi moderado por Jorge Mira, Sênior VP da Datasite, e contou com a participação de Flavio Picciotto (Co-Head de M&A do Itaú BBA), Rafaela Meirelles Di Dio (Diretora Jurídica e Societária da Ambev) e Evandro Monteiro (Diretor Sênior de M&A da Bunge).
Segundo Jorge, “conduzir uma aquisição bem-sucedida exige hoje clareza de propósito, agilidade na execução e, sobretudo, a capacidade de integrar culturas, pessoas e modelos de negócio”. À medida que as fronteiras geográficas se tornam cada vez mais fluídas no mundo corporativo, o M&A Cross-Border reafirma seu papel estratégico nessa expansão e transformação das empresas. Saiba mais sobre a discussão do painel abaixo.
Um novo olhar para as oportunidades Cross-Border
Independentemente do momento econômico, o Brasil continua posicionado no radar dos investidores globais, sendo uma geografia estratégica para operações multissetoriais e movimentações de portfólio. “Não dá para ignorar as oportunidades existentes em um país do tamanho do Brasil”, destacou Flavio.
Rafaela, por sua vez, reforçou a visão de que o crescimento inorgânico tem ganhado força como ferramenta para suprir lacunas estruturais internas nas empresas. “A gente já teve um passado de aquisições diversas, onde buscamos trazer para dentro da empresa aquilo que a gente não consegue fazer sozinho — agregando via M&A.”
Evandro compartilhou a perspectiva do agronegócio, setor em que o apetite internacional tem se mantido elevado. A transição energética global e a busca por segurança alimentar colocam o Brasil em posição de destaque. “O Brasil é o melhor lugar para isso. O agronegócio no Brasil atrai e vai continuar atraindo por muito tempo. Além da questão de segurança alimentar, o mundo está vivendo uma transição energética, onde o agronegócio vai endereçar uma parte importante, principalmente na substituição de combustíveis fósseis por renováveis.”
Cultura importa — e muito!
A integração cultural foi unanimemente apontada como um dos principais desafios em M&A Cross-Border. Rafaela trouxe exemplos práticos em que o sucesso da operação dependia da manutenção do DNA da empresa adquirida. “Se você for pensar em uma pós-integração, principalmente, a empresa que está comprando e trazendo aquele business para dentro não quer matar aquilo ali. Então, você tem que ter uma atenção de como integrar de forma adequada, quais são os pontos que divergem da sua cultura e que exigirão atenção redobrada.”
Flavio complementou que conhecer profundamente a contraparte desde o início da negociação é essencial, principalmente em deals internacionais. “Se estiver lidando com um deal Cross-Border, é imprescindível contar com um parceiro ou assessor local que possa orientar quanto às nuances regulatórias, jurídicas e culturais.” Ele citou exemplos marcantes de transações com japoneses, chineses e turcos, cujos desafios culturais só foram superados com apoio de parceiros locais estratégicos. Caso contrário, teriam colocado o deal em risco.
Due diligence: o pilar das transações bem-sucedidas
Ao abordar o tema de diligência, Jorge reforçou sua importância como fator crítico em qualquer transação: “Independente se o mercado está bom ou ruim, o ponto de maior atenção durante uma operação é a diligência.”
Rafaela defendeu a realização de auditorias robustas e adaptadas à realidade de cada setor e geografia. “Normalmente ninguém quer gastar com a due diligence, mas é um zelo importante que evita um gasto muito maior no futuro.”
Flavio foi direto ao ponto: “O barato sai caro. A diligência é onde os deals nascem — ou morrem.” Ele ainda enfatizou a importância da coordenação entre as áreas envolvidas: financeira, jurídica, contábil e comercial. “Sem acompanhamento contínuo, o risco de desalinhamento cresce — e com ele, o custo da operação.”
Tecnologia como diferencial competitivo
Ao discutir os desafios da diligência, Jorge ressaltou como a tecnologia pode ser um facilitador estratégico — sobretudo em operações Cross-Border.
Com funcionalidades avançadas como o Q&A integrado da Datasite, as equipes eliminam a necessidade de controles paralelos em planilhas e garantem total rastreabilidade e segurança jurídica dentro da plataforma. A tradução automática para mais de 17 idiomas permite que documentos originalmente em português sejam lidos em mandarim, francês, entre outros idiomas, com um simples clique — recurso essencial para transações com múltiplas jurisdições. Já a ferramenta de redaction automática, baseada em inteligência artificial, identifica e oculta dados sensíveis em conformidade com as legislações de proteção de dados, como a GDPR.
“Hoje é possível saber exatamente quem acessou qual documento, quanto tempo passou lendo cada página e se uma resposta foi visualizada — tudo isso em tempo real. A tecnologia já está disponível na Datasite”, pontuou Jorge.
Saiba mais sobre como a Datasite pode transformar sua próxima transação.